fbpx

Unidade de terapia intensiva – Pacientes pediátricos e cardíacos

UTI Pacientes Pediátricos e Cardíacos

A ingestão calórica adequada desempenha um papel vital na doença e na recuperação de pacientes criticamente enfermos. O estado nutricional durante a doença crítica tem sido associado a resultados clínicos, como mortalidade, aumento da incidência de infecção, crescimento deficiente, má cicatrização de feridas, ventilação prolongada, aumento do tempo de internação e pior desenvolvimento neurológico.  Nutrição enteral precoce foi associada à diminuição da morbidade e menor tempo de permanência em estado crítico.

                A Intensive Care Society procurou fornecer uma revisão especializada sobre a nutrição para pacientes pediátricos cardíacos de terapia intensiva, incluindo necessidades calóricas, considerações práticas para fornecer segurança na nutrição enteral.

                A desnutrição é relatada em até 50% dos pacientes hospitalizados. Especificamente, os bebês submetidos à cirurgia cardíaca congênita apresentam uma alta taxa de falha de crescimento no período perioperatório.

                A resposta metabólica a doenças críticas é imprevisível e as necessidades de energia são heterogêneas à medida que os pacientes se recuperam. A falha em determinar com precisão os requisitos de energia pode resultar em subalimentação ou superalimentação, assim, a avaliação precisa do gasto de energia do paciente é essencial para uma nutrição adequada.

                Durante a doença crítica, a desnutrição pode estar associada ao aumento ou diminuição do metabolismo e catabolismo associado com fornecimento reduzido de nutrientes.

                As necessidades calóricas pós-operatórias são frequentemente maiores do que o esperado devido ao elevado gasto de energia em repouso. O estresse catabólico e a resposta a esse estresse varia significativamente de um paciente para outro. Fatores que afetam esta resposta são a duração e a gravidade da lesão ou doença, complicações decorrentes as doenças críticas, e o e suporte respiratório. No pós-operatório imediato, o objetivo é fornecer gasto energético basal para os primeiros três a cinco dias e, em seguida, aumentar as calorias levando em consideração fatores de estresse e lesões. A recomendação energética é de até 150 a 170 kcal/ kg/d, sendo necessária para o ganho peso e fornecimento de proteína 1,5 a 2 vezes a recomendação para crianças.

                Para determinar as necessidades energéticas do paciente em unidade de terapia intensiva (UTI), a calorimetria indireta é o método preferido. Entretanto, em alguns locais não é possível fazer esse método. Nesse caso, usa-se equações de Schofield e OMS para cálculo da energia basal com acréscimo do fator estresse e fator atividade. Existe um risco maior de superalimentação e subalimentação com equações preditivas, portanto, o gasto energético deve ser avaliado frequentemente durante o curso da doença.

                Alimentação pré-operatória: A nutrição trófica pré-operatória pode ser segura e melhorar a tolerância à alimentação pós-operatória, bem como diminuir o tempo de ventilação mecânica e outros resultados clínicos nesta população de alto risco. A otimização da nutrição perioperatória está ganhando cada vez mais atenção como uma rota para melhorar os resultados gerais após cirurgia, especialmente em neonatos e bebês.

                Alimentação pós-operatória: Início precoce da alimentação e protocolo de alimentação pós-operatória têm sido associados a melhores resultados.

                O principal alvo para alimentação enteral tem sido atender às necessidades calóricas do paciente para evitar o estado catabólico, frequentemente associado a doenças críticas.

Referência: Justice L., et al. Nutrition Considerations in the Pediatric Cardiac Intensive Care Unit Patient World Journal for Pediatric and Congenital Heart Surgery.

Fale Conosco