fbpx

Consumo de cafeína na gestação

Consumo de cafeína na gestação

Estudos observacionais têm demonstrado aumento na taxa de abortos, parto prematuro e restrição de crescimento fetal associados à ingestão de cafeína, porém, outros estudos demonstram que a ingestão de 200mg/dia não está relacionada a efeitos adversos maternos ou fetais. Devemos ponderar que não só o café contém cafeína, mas também os refrigerantes, medicamentos, chás e até frutas como a banana são fontes dessa metilxantina (Febrasgo, 2014).

Destaca-se a questão da sensibilidade individual para essa substância. Quando consumido durante a gestação, a cafeína atravessa a placenta, expondo o feto a concentrações dessa substância.

O pesquisador Jack E. James, referiu em um estudo recente alguns desfechos negativos para a associação cafeína e gestação, como: aborto espontâneo, baixo peso ao nascer e sobrepeso/obesidade na infância. Nesse estudo o pesquisador examinou evidências em relação a esta associação. Foram analisados 48 estudos observacionais originais e meta-análises sobre o tema, publicados nas últimas duas décadas.

                O que já se sabe sobre o tema?

  • Ações farmacológicas da cafeína sugerem ameaças potenciais ao feto em desenvolvimento.
  • Nas últimas décadas, estudos observacionais sobre o consumo de cafeína pela gestante relataram risco aumentado para desfechos negativos.
  • No entanto, diferentes diretrizes internacionais, bem como nacionais assumem que o consumo de cafeína (até 200mg/dia) durante a gestação é seguro.

Quais são os desfechos encontrados nesse estudo?

  • Resultados de estudos observacionais e meta-análises indicam que o consumo de cafeína está associado a aborto espontâneo, baixo peso ao nascer e excesso de peso na infância.
  • As descobertas incluem associações significativas de dose-resposta sugestivo de causalidade.
  • A evidência atual não suporta suposições sobre os níveis seguros do consumo de cafeína pela gestante.

Referência: BMJ Evidence-Based Medicine Month 2020

Fale Conosco